Por Rafaela Vidigal em 19/jan/2018 18:20:00
Ter uma adega em casa é o sonho de todo apreciador de vinhos, assim como manter um estoque variado de rótulos para diferentes ocasiões. Para isso, vale considerar a reserva de metade da adega para os vinhos tintos, um quarto para os brancos e o restante para champagnes, espumantes e vinhos de sobremesa. Parece simples, não é mesmo? Mas, diante de milhares de opções existentes no mercado, como escolher um bom vinho para a sua adega sem ficar perdido ou errar?
Para qual ocasião?
O primeiro passo é pensar na ocasião em que o vinho será servido – um almoço de domingo com a família, um jantar com os amigos, uma celebração especial. Aqui, o ambiente, a comida e até mesmo o clima influenciam a escolha do produto.
Tenha em mente que vinhos tintos são bastante diversificados. De leves a encorpados, são ideais para acompanhar refeições em dias de temperaturas amenas ou frios. Os encorpados, por exemplo, caem muito bem com refeições com sabores mais expressivos.
Os vinhos brancos, rosés e espumantes são sinônimo de frescor e muito associados ao verão e a comemorações, ótimos para serem apreciados à beira da piscina. Já os vinhos doces e licorosos costumam acompanhar sobremesas.
Onde comprar?
Com a ocasião definida, é chegada a hora de comprar o produto em um estabelecimento de credibilidade. Opte por comprar vinho em locais especializados, onde você pode obter uma orientação muito melhor do que qualquer outro lugar.
É importante prestar atenção à limpeza do local e às formas de armazenamento e exposição dos produtos. Vinhos armazenados em condições inadequadas e expostos à luz solar ou artificial entram rapidamente em processo de declínio.
Quem é quem
No momento da compra, o primeiro elemento que nos deparamos é o rótulo. E, para comprar um bom vinho, claro, você precisa saber reconhecer as informações contidas no rótulo. É nele que você vai encontrar informações como: nome, produtor, variedade de uva, região de origem, safra, maturação e envelhecimento, graduação alcoólica, denominação de origem, origem de engarrafamento, idade das vinhas, qualidade do terreno e reputação da vinícola.
Perceba que há diferenças entre os rótulos de vinhos provenientes de países do velho e do novo mundo. França, Espanha, Portugal e Itália, por exemplo, costumam destacar o produtor e a região onde as uvas foram cultivadas (Bordeaux, Champagne, Rioja, Chianti). Já em países como Brasil, Argentina, Chile, Estados Unidos, África do Sul e Austrália, o destaque é para o nome do vinho e as uvas que o compõem. Identificar esses elementos e conhecer as diferenças entre eles vai garantir a escolha de um produto que melhor atenda às suas necessidades.
Um importante passo é diferenciar corretamente a variedade de uvas: Carbenet Sauvignon, Merlot, Malbec, Carménère, Pinot Noir, Sirah, Tannat, Tempranillo, Chardonnay, Sauvignon Blanc, entre outras. Repare que há vinhos elaborados com apenas um tipo de uva, chamados varietais, e aqueles que mesclam duas ou mais uvas, os vinhos de corte ou assemblage.
Não pense que, quanto mais velho o vinho, melhor. Isso só é válido para os vinhos de guarda, elaborados justamente para serem envelhecidos e consumidos nos próximos dez, 20 ou 30 anos. De modo geral, a maioria dos vinhos tintos devem ser consumidos dentro de cinco anos, enquanto os brancos e rosés, entre dois e três anos.
Mas não se preocupe se você ainda não sabe tudo. O conhecimento se obtém com o tempo.
Aparência é tudo
Encontrou o que queria? Não pense que agora é só pegar uma garrafa qualquer e pronto. Dois fatores ainda requerem atenção: a qualidade da embalagem e a aparência do produto.
Certifique-se de que a garrafa esteja intacta. Observe o estado de conservação da rolha e da cápsula metálica que envolve o gargalo da garrafa. Elas não podem estar danificadas. Além disso, a rolha deve sempre estar rente ao bico da garrafa, o que indica que não houve entrada de ar na garrafa, que oxida o vinho.
Por fim, verifique a quantidade e a cor do líquido no interior da garrafa. Muito espaço entre o líquido e a rolha pode indicar vazamento e oxidação. Vinho branco amarelado ou tinto muito acastanhado pode indicar oxidação.
Conhecimento
Apreciar vinho é praticamente uma ciência. Envolva-se com o assunto, pesquise livros, revistas e blogs especializados, procure pessoas que possam ajudá-lo na escolha de um bom vinho, troque opiniões com familiares e amigos, mantenha uma lista dos vinhos que mais apreciou e, principalmente, experimente vinhos de regiões, países e anos diferentes.
Quais foram as suas escolhas mais acertadas até o momento? Compartilhe conosco nos comentários.
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