Hoje o blog falará da uva Primitivo, também conhecida como Zinfandel (nos Estados Unidos), tipo que ganha cada vez mais espaço nas nossas prateleiras e adegas.
Você sabia, aliás, que a provável origem dessa uva é a Croácia, onde ela é chamada de Crljenak Kastelanski?
Entretanto, foi no Sul da Itália que a uva Primitivo se popularizou, principalmente em razão dos vinhos de boa qualidade (encorpados, bastante frutados e perfumados) produzidos a partir dela.
Considerada a casta ideal para os consumidores que estão dando os primeiros passos no mundo da bebida dos deuses, a uva Primitivo é muito comum na região italiana de Puglia (no “salto” da bota, banhada pelo Mar Adriático). Seu nome está relacionado à época de colheita.
Isso porque primitivo vem de inicial e, por ser uma uva considerada precoce, tem a primeira casta colhida em meados de agosto, dois meses antes das demais.
Além disso, essa uva costuma ter bastante açúcar residual e, consequentemente, grande potencial para a produção de vinhos com alto teor alcoólico.
Outra importante região produtora é a Califórnia, onde a Primitivo (lá chamada Zinfandel) chegou em meados do século XIX, provavelmente trazida por imigrantes italianos. A priori, acreditava-se que a casta era uma herança dos índios nativos americanos.
Diferentemente da Itália, no entanto, onde a maior produção é de tintos, nos EUA a Zinfandel é utilizada também na elaboração de brancos e rosés claros (o White Zinfandel, por exemplo, é mais leve e doce que os demais vinhos produzidos da casta), o que a torna uma uva bastante versátil.
A uva Primitivo cada vez mais ganha espaço no paladar brasileiro, em razão principalmente dos vinhos tintos produzidos a partir de sua casta, mais concentrados e frutados e de coloração mais densa.
Em razão disso, uma boa dica é harmonizar com carne vermelha, queijos amarelos envelhecidos e salame.
Gostou da dica de hoje do blog? Que tal agora saborear um vinho produzido com a uva Primitivo? Conte-nos depois a sua experiência nos comentários abaixo!