Uma dúvida bastante comum entre aqueles que iniciam a empreitada pelo maravilhoso mundo dos vinhos é identificar o que difere os chamados vinhos de mesa dos vinhos finos. Compreender essa diferença é fundamental para que você adquira um rótulo que realmente atenda às suas expectativas. Portanto, se você sempre fica na dúvida na hora de escolher o rótulo adequado ao seu paladar, prepare-se para entender quem é quem e fazer bonito na próxima vez que for ao supermercado.
Todo apaixonado por vinhos também precisa saber que as uvas da espécie Vitis vinifera são consideradas as mais adequadas para a vinificação. Essa espécie possui algumas características particulares: seus grãos são menores e suas cascas, mais espessas. Elas também exigem maior cuidado dos produtores no cultivo, não se adaptando a qualquer tipo de terreno ou condição climática.
Entre as subespécies dessas uvas, as mais conhecidas são Chardonnay, Sauvignon Blanc, Riesling e Gewürztraminer, usadas para elaboração de vinhos brancos, e Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir, Syrah, Malbec, entre tantas outras, para elaboração de vinhos tintos. Notou algo aí? Todas essas uvas são originárias do continente europeu. Por isso, as Vitis vinifera também são conhecidas como uvas europeias ou uvas finas.
As peculiaridades das uvas europeias criam vinhos mais complexos, com arranjos heterogêneos de taninos e polifenóis, o que conferem maior riqueza estrutural, aromática e gustativa ao líquido. Eles diferem até mesmo nas propriedades visuais: apresentam variações de tonalidades de cores, maior brilho e limpidez.
A capacidade de envelhecimento da bebida em garrafa também contribui para a formatação de sabores mais agradáveis e macios ao paladar. Eles ainda lembram frutas e notas florais e nos presenteiam com uma infinidade de percepções. Não é à toa que eles recebem a denominação de vinhos finos, não é mesmo?
Entre elas estão a Vitis labrusca, a Vitis bourquina, a Vitis riparia e a Vitis rupestres. Esses são os nomes científicos das espécies de uvas que conhecemos normalmente como Itália, Rubi, Thompson, Isabel, Bordô, Niágara e Concord. Exatamente aquelas que encontramos no supermercado! Elas são denominadas americanas porque são as espécies originalmente no lado de cá do Oceano Atlântico – ou seja, nas Américas.
A simplicidade das uvas americanas também é transmitida para os seus vinhos. Essas uvas possuem menor estrutura e potencial para fazer vinhos encorpados e complexos. Resultado: vinhos mais simples, que não exigem um processo de fabricação elaborado e não suportam o envelhecimento em garrafa.
Por conta disso, esses vinhos são produzidos em grande quantidade e para consumo imediato. Geralmente, apresentam cores intensas e opacas, assim como aromas mais rústicos e sabores simplistas. Podem vir nas versões “Vinho de Mesa Seco” e “Vinho de Mesa Suave”. A diferença está na adição de açúcar ao vinho depois do processo de fermentação.
Com essas informações você já pode compreender melhor o que significa os termos “Vinho Fino” e “Vinho de Mesa” nos rótulos. Mas há um detalhe aí: você também pode encontrar a denominação “Vinho de Mesa Fino”. Neste caso, mesmo com a utilização da palavra ‘mesa’, a presença da palavra ‘fino’ indica que a bebida foi produzida com uvas da espécie Vitis vinifera.
O que mais você sabe sobre vinhos de mesa e vinhos finos? Conhece mais alguma diferença entre eles? Conta para a gente!