Por Bruno Hermenegildo em 16/jun/2016 10:00:00
Quando falamos de qualidade em vinho, temos que levar em consideração uma infinidade de sabores, consistência, aroma, cores e longevidade. No entanto, há apreciadores que defendem a ideia de que o teor alcoólico é o grande medidor para afirmar se um vinho é bom ou não. Será que isso é verdade? Vamos descobrir!
Como acontece a produção de álcool no vinho?
Fruto da fermentação da glicose e frute das uvas, o álcool é o resultado da ação de mais de milhões de leveduras que sintetizam os açúcares em dióxido de carbono e álcool. Esse processo também sofre influência da interação com madeira presente nos barris onde os vinhos são cultivados, além da fotossíntese decorrente da ação com o oxigênio. Sendo assim, é de se compreender que, quanto maior o tempo de conserva em barris, também é mais alto o teor alcoólico.
Quanto costuma ser o teor alcoólico vinícolo?
O vinho é composto por mais de 400 substâncias, entre elas o álcool, que é o resultado da fermentação entre a glicose e a frutose das uvas. Por isso, quanto mais madura, mais doce será a uva, resultando num vinho com maior concentração de álcool.
Não é à toa que, de acordo com os apreciadores fiéis, quanto mais álcool, mais macio, encorpado e saboroso será o vinho. Isso é tão levado a sério entre os produtores que muitos só acham que as vinhas estão no nível ideal de maturidade se o seu potencial alcoólico chegar a 11 ou 13%.
Como chegar ao nível ideal de álcool?
É claro que o processo de fermentação da glicose é fator determinante para a ação alcoólica do vinho. No entanto, a temperatura onde a bebida é conservada e maturada é a grande estrela. As condições climáticas com mais facilidade para a maturação alcoólica são as mediterrâneas. Além do clima, o vinicultor precisa se atentar bastante à altitude, latitude, poda, exposição e tipos de casta.
Outras substâncias que influenciam na qualidade do vinho
O vinho é tão rico em sabores e sensações que sua composição não poderia ser das mais simples. Sendo assim, além do álcool como fator determinante para definir o sabor e até cor da bebida, há outros componentes que são fundamentais para a vida longa e qualitativa do vinho. Entre eles, está o teor ácido que é aquele responsável por conferir a textura e sensação de frescor à bebida.
O teor ácido do vinho está diretamente ligado ao tipo de uva com o qual foi produzido, e costuma ser bastante marcante quando a uva ainda não atingiu a maturidade máxima para colheita. Portanto, o produtor precisa de muito tempo de experiência para encontrar o equilíbrio perfeito entre o açúcar e a acidez ideal na hora da colheita.
Claro que, como os experts em vinho sabem, o tanino também é marca registrada em um bom vinho. Mesmo sendo responsável pela sensação de “amarrar a boca”, esse integrante é essencial porque a sua existência que permite um envelhecimentosaudável.
Sempre na medida, o álcool é bastante importante para preservar a essência do vinho, tanto enquanto bebida, como um fator sociável de quem o aprecia. Sua presença e influência no sabor macio e adocicado de um vinho sempre será na proporção contrária da presença ácida e tanina que um tipo vinícola pode ter.
Qual tipo de vinho você prefere? Mais alcoólico, ácido ou com maior teor de tanino? Compartilhe suas preferências com a gente! Aproveite e assine nosso blog para ficar por dentro das principais tendências no universo de vinhos.
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