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Será que quanto mais velho, melhor é o vinho?

Para quem gosta de um bom vinho e pretende se aprofundar nos sabores desse universo, é preciso começar o aprendizado quebrando um mito que costuma ser o erro número 1 dos iniciantes: acreditar que a expressão “Vinho - quanto mais velho melhor” é verdadeira. Diferente do que muitos costumam dizer, essa regra não se aplica a todos os tipos de vinho e pode ser explicada por muitas razões. Continue lendo para saber!

O que é maturidade quando se fala de vinhos?

O QUE É MATURIDADE QUANDO SE FALA DE VINHOS?

O que faz um vinho estar no ponto para consumo é o seu grau de maturidade. O que isso significa? Que a maturação é o auge de sabor da bebida, pois é nesse momento que as suas propriedades estarão em perfeita harmonia, realçando e valorizando os componentes taninos e aromáticos.

Sendo assim, não é que o vinho terá um sabor melhor porque ficou mais tempo guardado. Na verdade, existem características próprias da produção de cada tipo de vinho que exigem que ele seja consumido depois de algum tempo de fabricado ou não.

Uma das razões que propicia o envelhecimento do vinho por um longo período é a quantidade de tanino com a qual ele foi produzido, já que existem reações químicas durante o processo de maturação que reduzem o efeito “amarrar a boca” causado por ele, deixando o vinho mais leve para consumo.

Vale lembrar que o tanino é uma substância química que já faz parte da uva, concentrando-se na sua casca. A sua presença é mais comum em vinhos tintos, secos e encorpados. Por isso, é normal que os vinhos de guarda, normalmente com as características anteriores, sejam os que necessitam de um tempo maior de amadurecimento.

Afinal, qual a diferença entre os vinhos jovens e envelhecidos?

Como já contamos, o tanino ajuda no envelhecimento do vinho, ou seja, em sua conservação, principalmente na dos tintos. A quantidade desta substância vai dizer se a bebida deve ser consumida imediatamente ou se pode esperar por anos. Vamos entender melhor como isso funciona?

Vinhos simples e jovens

VINHOS SIMPLES E JOVENSSua composição não exige grande tempo para maturação. Os tipos tintos podem possuir uma vida média de cinco a oito anos; e os brancos, de dois a três anos. São marcados pela forte presença de aromas frutados e, em suas cores, predominam o vermelho rubi e o violeta nos tintos, e tons esverdeados ou amarelos nos brancos.

Vinhos fortificados e maduros

Por serem ácidos e com alta concentração de açúcar e álcool, costumam serconservados por anos em barricada de carvalho para suavizar sua tanicidade e ganhar mais corpo. Os tintos de qualidade chegam entre 10 e 15 anos, e os brancos podem chegar a 6 anos. Já os vinhos de guarda, de safras especiais, podem ultrapassar os 50 anos de para maturação.

A conservação influencia no tempo de vida do seu vinho

A CONSERVAÇÃO INFLUENCIA NO TEMPO DE VIDA DO SEU VINHODe acordo com a vida útil de cada tipo da bebida, a forma de armazenamento varia. Porém, existem algumas regras que são básicas para não alterar o sabor, o aroma e a consistência:

  • Mantenha a bebida em um ambiente com a temperatura fresca e equilibrada, por volta de 15 °C;
  • Evite que as garrafas entrem em contato com luz em excesso, pois isso provoca calor e altera as propriedades da bebida, interferindo no seu sabor e aroma;
  • Cuidado com a umidade: se ela estiver acima de 65%, pode apodrecer os rótulos. Por outro lado, se estiver inferior a isso, pode influenciar a rachadura das rolhas e a entrada de ar nas garrafas, o que provoca a oxidação do vinho.

No geral, deixe de lado a ideia de que um vinho envelhecido é melhor do que aqueles de consumo imediato, até porque a grande maioria das safras atuais são compostas de tipos jovens, com vida média útil de até 5 anos.

E você, qual a preferência? Vinhos encorpados e maduros ou os mais leves e com aromas frutados? Compartilhe com a gente e acompanhe nossas notícias. Acesse nosso blog!

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Escrito por Bruno Hermenegildo

Bruno Hermenegildo é Sommelier International, formado pela FISAR (Federazione Italiana de Sommeliers), outorgado com o grau de Wine Master nas regiões do Piemonte e Toscana (Itália), graduado como Advanced pela Wine&Spirits (Londres) e também graduado em Gastronomia. Bruno é membro da Confraria dos Sommeliers de São Paulo, a mais concorrida confraria profissional do Brasil.

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