As áreas vinícolas são bastante importantes e a riqueza de detalhes desses lugares é surpreendente. Além de harmonizarem paisagens íntegras para cartões postais, esses rios controlam, em grande parte, o clima da Europa. Você sabia disso?
Este fato é algo admirável, pois inúmeras regiões fabricantes de vinhos de qualidade se encontram em áreas áridas. Do calor escaldante em Ribera Del Duero, no centro da Espanha, ao frio do Vale do Mosel, na Alemanha, videiras se desenvolvem nas beiradas dos grandes rios. É possível que, sem eles, essas vinhas não dessem nem metade de seus vinhos existentes.
Imagine um solo bem pobre, no qual a camada inicial fosse de pedra, dando permissão para um reforço térmico e como consequência um amadurecimento mais seguro da uva. Logo depois, viria uma segunda camada de areia que seu papel serviria para sugar a água. Na sequência, argila, para manter a umidade do subsolo, obrigando assim, as raízes irem mais fundo procurando por nutrientes e, dessa maneira, cobrindo camadas de arranjo mineral distintos.
Em questão, esse seria o solo exato para a viticultura. A luz e o solo colaboram para se brotar uma safra apropriada, contudo os rios que atravessam as regiões mais reconhecidas também são extremamente eficazes. O solo sozinho não resolve, outras condições são necessárias para um bom resultado.
O clima, por exemplo, é um dos componentes principais, tão importante quanto o solo. A mão do homem, é outro fator essencial. Esses três elementos, unidos, formam uma espécie de triângulo que auxilia a explicar o conceito mágico de terroir. E são eles, combinados, que determinam que o vinho nascerá de cada parcela de terra.
Quando se trata dos melhores vinhos, essas influências são essenciais, pois admitem que as uvas amadureçam, sustentando a acidez fundamental, que vem pela influência de frio ou calor.
A combinação de acidez e açúcar nas uvas é o que admite que um vinho seja contrabalanceado, isto é, não domado em demasia por frutas, carvalho, acidez ou taninos.
No ancestral Vale do Mosel, na Alemanha, o Rio Mosel opera como um aquecedor durante as noites frias e reflete a luz do sol e calor durante os dias frios. Com temperaturas médias no verão de somente 17 graus, esse calor é essencial para a maturação da uva Rieslings, uma das mais apreciadas do mundo.
As pedrinhas encontradas nesse vale se incumbem de armazenar o calor do sol para depois, pela noite, transferir a energia às vinhas. A decorrência dessa arte são vinhos encorpados, ricos, quase picantes e ainda com um generoso número de álcool.
Então, agora que sabe mais sobre a importância dos rios na produção dos vinhos, cuidar da natureza ficou ainda mais imprescindível, não é mesmo? Não se esqueça de deixar seu comentário!