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Conheça os vinhos de corte!

O universo dos vinhos é cheio de possibilidades deliciosas, e uma delas é a de combinar diferentes uvas para criar novos sabores. Essa prática é conhecida como assemblage, ou corte, e consiste em mesclar certas uvas em certas proporções, combinando o melhor de cada uma e dando origem a rótulos incríveis.

Diferente dos varietais, que são os vinhos feitos apenas com uma uva, ou com a predominância de uma, os vinhos de corte apresentam misturas que vão fazer o seu paladar vibrar! Quer dar uma variada nos rótulos da sua adega? Conheça agora alguns dos cortes mais famosos do mundo!

Corte Bordalês

corte-bordalesOriginário da região de Bourdeaux, na França, essa combinação já é um clássico entre os vinhos de corte. Unindo a estrutura da Cabernet Sauvignon, o frescor e o aroma das notas frutadas do Cabernet Franc e a maciez do Merlot, o corte bordalês dá origem a rótulos especiais, com sabor equilibrado e inesquecível. É típico do seu país de origem, mas a mistura já é reproduzida em outras regiões produtoras, como a Itália, Austrália e Estados Unidos (mais especificamente na Califórnia).

Corte GSM

corte-gsmA sigla GSM indica as três uvas tintas que se combinam nesse corte: Grenache, Syrah e Mourvèdre. É típico dos vinhos da região sul do Vale do Rhône, como Côtes du Rhône e Châteauneuf-du-Pape, que complementam o assemblage com algumas uvas locais. Esse corte resulta em vinhos muito frutados, macios e com corpo robusto, dispensando a guarda e podendo ser tomados ainda jovens. O corte GSM é muito comum na produção da Austrália e da Califórnia.

Corte australiano

corte-australianoSurgido nos anos 1990, esse corte mescla as uvas Shiraz (Syrah) e Cabernet Sauvignon. Não é à toa que o corte australiano conquistou o paladar dos apreciadores em todo mundo, pois o resultado dessa combinação é um vinho delicioso, muito frutado e com taninos agradáveis. Há ainda uma versão branca do corte, combinando a Chardonnay com a Sémillon.

Corte alentejano

corte-alentejanoPara quem costuma experimentar rótulos e variar a adega, já sabe que o Alentejo tem uma produção riquíssima de rótulos memoráveis. A maior região de Portugal também tem o seu corte típico, que pode variar bastante na combinação. Os clássicos alentejanos, normalmente, contêm as uvas Aragonez (Tempranillo), Trincadeira e Alicante Bouschet, mas já existem muitas variedades, como a Touriga Nacional e a Castelão — presença indispensável nos vinhos mais jovens e frutados.

Corte duriense

corte-durienseO delicioso corte do vinho do porto, porém em um vinho de mesa. Típico dos rótulos da região portuguesa do Douro, bastante visados hoje em dia, o clássico corte duriense mescla Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz (a mesma Tempranillo), Tinto Cão, Tinta Barroca e Tinta Amarela (Trincadeira no Alentejo). A alta porcentagem de Touriga Nacional dá mais elegância e requinte ao corte, resultando em um vinho muito equilibrado, com taninos estruturados e bom corpo.

Corte champenoise

Como o nome já indica, esse é o corte da região de Champagne, na França, que produz espumantes desejados e apreciados por todo o mundo. A mistura leva a Pinot Meunier (uma uva que só existe na região), Pinot Noir e Chardonnay. Os espumantes mais delicados são aqueles que têm mais Chardonnay, enquanto os mais encorpados têm mais Pinot Noir na mistura.

Corte supertoscano

corte-supertoscanoEsse corte não é reconhecido oficialmente pelo sistema de classificação dos vinhos italianos, mas é uma verdadeira joia para qualquer amante dessa bebida. Surgiu ainda na década de 1970, quando os produtores da região começaram a criar algumas misturas para produzir vinhos de melhor qualidade usando a uva "do Chianti". Mas o purismo do regulamento não permitia que eles fossem rotulados como Chianti, pois as proporções não atendiam às regras. Eles ganharam, portanto, o título de Vino da Tavola (ou vinho de mesa), que era o patamar mais baixo da classificação, apesar de serem vinhos extraordinários. Por isso, para diferenciá-los dos demais, os críticos começaram a identificar esses vinhos como Supertoscanos.

Esse corte mescla as uvas Sangiovese, Cabernet Sauvignon e/ou Merlot. A Cabernet, como sempre, é responsável pela estrutura e os taninos, enquanto a Sangiovese agrega grande acidez e a Merlot traz maciez ao corte. São vinhos excelentes para guarda.

Já conhecia alguns desses cortes? Tem um favorito? Deixe um comentário e conte para nós qual será o escolhido para o seu próximo brinde!

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Escrito por Bruno Hermenegildo

Bruno Hermenegildo é Sommelier International, formado pela FISAR (Federazione Italiana de Sommeliers), outorgado com o grau de Wine Master nas regiões do Piemonte e Toscana (Itália), graduado como Advanced pela Wine&Spirits (Londres) e também graduado em Gastronomia. Bruno é membro da Confraria dos Sommeliers de São Paulo, a mais concorrida confraria profissional do Brasil.

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