A cerveja e o vinho disputam os nossos paladares há milhares de anos. As duas bebidas acompanham a humanidade desde os primeiros registros escritos. Naturalmente, isso gerou para algumas pessoas uma espécie de competição entre sabores.
Mas, a verdade é que ninguém precisa escolher um lado. Pelo contrário, cada bebida proporciona experiências únicas, do seu próprio jeito
Aqui na Art des Caves, acreditamos que ambas são deliciosas e promovem aquilo que realmente importa: momentos de prazer, ao lado das pessoas mais queridas.
Por isso, queremos celebrar as diferenças e semelhanças entre a cerveja e o vinho, em um artigo completo sobre o assunto. Confira!
Embora a França, a Itália e a Espanha ficaram muito associadas à história do vinho, pelas suas vinícolas e lapidação de métodos de produção da bebida que a fizeram chegar ao estado da arte, registros arqueológicos indicam que o primeiro país a produzir vinho foi a China (7.000 anos a.C), seguida da Armênia e da Geórgia.
Ainda na era antes de Cristo, o vinho conquistou os faraós egípcios e os fenícios, que difundiram a bebida. Durante esse período, os fenícios, conhecidos pelas habilidades no comércio, avançaram para os países do Mediterrâneo, Oriente Médio e Norte da África para trocas de mercadorias, levando a cultura de produção de vinho para essas regiões.
A partir de então, gregos e italianos em especial passam a aperfeiçoar os métodos de produção e, depois de conquistar a Europa, o vinho chega ao novo mundo pelos colonizadores. Novas regiões tornam-se grandes produtoras da bebida, como Argentina, Brasil, Uruguai, Chile e os Estados Unidos, especialmente a região da Califórnia.
Quanto à cerveja, os primeiros registros datam de mais de 5 mil anos antes de Cristo, na região da Babilônia, entre o rio Tigre e Eufrates. Além da fermentação a partir da fruta, como é o caso da uva, matéria-prima do vinho, arqueólogos descobriram que ervas e grãos, como o trigo, também eram usados no Antigo Egito.
A difusão da produção da cerveja e do vinho pelo mundo acontece da mesma forma: pelos movimentos de expansão e conquista de territórios dos povos antigos. Assim, a cerveja chegou à Itália e à Espanha. Neste último país, em especial, o método de produção foi lapidado. Dos países do Mediterrâneo, o método chegou à Alemanha e ao Reino Unido, ganhando produção em escala a partir da Revolução Industrial, no século XVIII. Com esse marco na história da humanidade, grandes fábricas e marcas de cerveja firmaram-se ao redor do mundo.
A principal semelhança entre a produção de vinho e cerveja é o processo de fermentação realizado por fungos, organismos microscópicos que se alimentam do açúcar e produzem gás carbônico e álcool.
Já a principal diferença entre a produção de vinhos e cervejas é decorrente das características da matéria-prima de base. No caso dos vinhos, a uva conta com açúcar (sucrose e frutose) para a fermentação imediata. Na produção de cerveja, os grãos de trigo precisam ser moídos e passar por um processo de cozimento para converter amido em açúcar. Só então os fungos passam a fermentar o material.
Se a história e a produção de vinhos e cervejas têm vários pontos de convergência, a boa degustação é cheia de detalhes únicos para a perfeita apreciação das bebidas. Saiba como tirar o máximo proveito desse momento tão esperado.
Primeiro, vamos aos vinhos. São quatro passos importantes e todos eles evocam os sentidos: observar, cheirar, degustar e pensar. Na observação, devem ser notados aspectos como cor, opacidade e viscosidade. Geralmente é uma análise rápida e totalmente visual.
A segunda etapa é cheirar a bebida, que geralmente carrega alguma complexidade como aromas de outras frutas vermelhas, pretas, azuis ou cítricas, por exemplo. Quem avança na paixão pelo vinho consegue distinguir ainda aromas primários (ligados ao tipo de uva ou outras frutas e ervas que entram na composição da bebida); secundários (geralmente associados às práticas de produção) e os terciários, que revelam o processo de envelhecimento do vinho.
Depois de cheirar, chega a hora de degustar. Deixe a língua reconhecer sabores e texturas, mantendo a bebida por algum tempo na boca. Por fim, tire as suas conclusões sobre a experiência do vinho: é muito ácido? Muito alcoólico? Você gostou da bebida? Que características o conquistaram?
Para degustar cerveja, o cheiro também é importante. A diferença é que em vez de colocar o nariz bem próximo à taça, geralmente a distância do copo de cerveja é maior, ele deve ser posicionado abaixo do queixo primeiro. Em seguida, deve-se agitar o copo e cheirar mais de perto. Assim é possível captar nuances como cheiro de frutas.
Depois da experiência do olfato, é hora de provar e confirmar suas primeiras observações sobre a bebida. Por fim, você também pode fazer o momento de reflexão pós-degustação sobre os pontos que mais chamaram sua atenção naquela cerveja especificamente, pensar em como pode harmonizá-la com experiências gastronômicas e se há características que chamaram a sua atenção e que você gostaria de encontrar nas suas próximas degustações.
Um aspecto fundamental tanto para vinhos como para cervejas na hora da degustação é seguir a temperatura ideal para armazenar e servir as bebidas. A Art des Caves é reconhecida pelo expertise em adegas climatizadas, mas levamos o nosso conhecimento no desenvolvimento de equipamentos para conservar bebidas para a nossa cervejeira.
Idealmente, as cervejas devem ser armazenadas em uma temperatura entre -4ºC e 16ºC (a depender do seu tipo) para que possam ser servidas na sua temperatura recomendada. A cervejeira, diferente de outros equipamentos da casa, é capaz de manter essa temperatura estável e controlada. Um apreciador da bebida certamente colecionará momentos ainda mais memoráveis com a coleção de cervejas se tiver uma cervejeira em casa.
Vinhos na adega e cervejas na cervejeira. Esse é o caminho para garantir brindes excelentes a qualquer momento com as suas bebidas favoritas. Se tiver dúvidas sobre como escolher a cervejeira ou a adega ideal para você, deixe nos comentários que responderemos. O importante é apreciar o melhor dessas duas bebidas sem a pressão de ter que escolher uma favorita.