Para quem gosta de um bom vinho e pretende se aprofundar nos sabores desse universo, é preciso começar o aprendizado quebrando um mito que costuma ser o erro número 1 dos iniciantes: acreditar que a expressão “Vinho - quanto mais velho melhor” é verdadeira. Diferente do que muitos costumam dizer, essa regra não se aplica a todos os tipos de vinho e pode ser explicada por muitas razões. Continue lendo para saber!
O que faz um vinho estar no ponto para consumo é o seu grau de maturidade. O que isso significa? Que a maturação é o auge de sabor da bebida, pois é nesse momento que as suas propriedades estarão em perfeita harmonia, realçando e valorizando os componentes taninos e aromáticos.
Sendo assim, não é que o vinho terá um sabor melhor porque ficou mais tempo guardado. Na verdade, existem características próprias da produção de cada tipo de vinho que exigem que ele seja consumido depois de algum tempo de fabricado ou não.
Uma das razões que propicia o envelhecimento do vinho por um longo período é a quantidade de tanino com a qual ele foi produzido, já que existem reações químicas durante o processo de maturação que reduzem o efeito “amarrar a boca” causado por ele, deixando o vinho mais leve para consumo.
Vale lembrar que o tanino é uma substância química que já faz parte da uva, concentrando-se na sua casca. A sua presença é mais comum em vinhos tintos, secos e encorpados. Por isso, é normal que os vinhos de guarda, normalmente com as características anteriores, sejam os que necessitam de um tempo maior de amadurecimento.
Como já contamos, o tanino ajuda no envelhecimento do vinho, ou seja, em sua conservação, principalmente na dos tintos. A quantidade desta substância vai dizer se a bebida deve ser consumida imediatamente ou se pode esperar por anos. Vamos entender melhor como isso funciona?
Por serem ácidos e com alta concentração de açúcar e álcool, costumam serconservados por anos em barricada de carvalho para suavizar sua tanicidade e ganhar mais corpo. Os tintos de qualidade chegam entre 10 e 15 anos, e os brancos podem chegar a 6 anos. Já os vinhos de guarda, de safras especiais, podem ultrapassar os 50 anos de para maturação.
No geral, deixe de lado a ideia de que um vinho envelhecido é melhor do que aqueles de consumo imediato, até porque a grande maioria das safras atuais são compostas de tipos jovens, com vida média útil de até 5 anos.
E você, qual a preferência? Vinhos encorpados e maduros ou os mais leves e com aromas frutados? Compartilhe com a gente e acompanhe nossas notícias. Acesse nosso blog!