A produção de vinhos orgânicos tem crescido no mundo e representa, hoje, cerca de 4% da fabricação vinícola mundial. O cultivo orgânico é um processo gradual que exige tempo e cuidados específicos, pois não é apenas o solo que precisa seguir as normas de produção orgânica, e sim toda atividade vinícola.
Alguns produtores de vinho mantêm os valores da agricultura orgânica e utilizam embalagens ecologicamente corretas, substituem plástico de vedação por cera e até mesmo fabricam rótulos com papeis recicláveis.
O consumo mundial deste produto, por sua vez, sextuplicou em três anos. Essa agricultura sustentável tem atiçado os amantes de vinho e criado um novo conceito de degustação da bebida dos deuses.
Qualquer alteração química feita em uma região de cultivo afeta o conceito de orgânico. Para que isso não ocorra, os vinicultores abrem mão da utilização de herbicidas, fungicidas ou qualquer outro tipo de agrotóxico que auxilie a exterminar pestes, mas que possa modificar as propriedades da vinha – o que certamente afetará o produto final. Na produção orgânica, os fertilizantes químicos também são substituídos por adubos naturais, o que impede o esgotamento do solo e equilibra os recursos ambientais.
Cerca de 30 anos depois do surgimento dos orgânicos nos Estados Unidos, os produtores europeus abraçaram a ideia e passaram a fabricar grandes vinhos sem agrotóxicos. A França, por exemplo, produz o vinho mais caro do mundo: você pode pagar até US$ 20 mil em uma garrafa do Romanée-Conti.
Em contrapartida, na América do Sul, países como Argentina, Chile e Uruguai produzem vinhos orgânicos que são vendidos em supermercados. No Brasil, o primeiro vinho orgânico produzido foi o Juan Carrau, na Vinícola Velho Museu. Um outro nome conhecido por aqui é o Casa de Bento, da Cooperativa Vinícola Aurora.
Você já experimentou um vinho produzido sem agrotóxicos? Tem curiosidade de degustá-lo? Queremos saber! Deixe seu comentário abaixo e siga o nosso blog para ficar por dentro do universo dos vinhos.