Você já deve ter ouvido várias vezes alguém associar o vinho com algo divino não é mesmo? Pois é, há uma razão para isso: ele é o único, entre todas as outras bebidas, que foi ator principal ou coadjuvante de rituais sagrados ou profanos desde a antiguidade. Sendo assim, vamos saber um pouquinho da história religiosa dessa bebida divina e como ela marcou a evolução da humanidade?
Para começar, podemos dizer que o vinho exerce uma espécie de canal entre nós (seres humanos) e o mundo espiritual/divino. Essa relação é mais antiga do que podemos imaginar. Isso porque, ainda na antiguidade, os gregos e romanos já cultuavam os deuses Dionísio (Grécia) e Baco (Roma) como as divindades da bebida. Além disso, tanto o vinho como as entidades eram representações de lazer, festa e luxúria.
Segundo historiadores, a embriaguez causada pelo vinho aflorava os sentidos e instigava também o sexo. Por isso, as imagens que ilustrem a adoração aos deuses sempre apresentam momentos de festa, comemoração e nudez.
De acordo com estudos religiosos, a bíblia chega a citar a palavra vinho cerca de 450 vezes. Isso mostra o quanto a bebida marca os rituais católicos. De um modo geral, o vinho é associado ao sangue de cristo, assim como o pão representa o corpo sagrado de Jesus.
Na Eucaristia, por exemplo, a bebida recebe o nome de vinho sacramental ou canônico e só é aceito pela igreja se estiver de acordo com uma série de restrições, incluindo o baixo percentual de álcool. Fora isso, o vinho também estava presente no primeiro milagre de Jesus: ele transformara água na bebida dos deuses.
A seriedade quanto ao Tora é tanta que o que estiver de fora dessa lista é estritamente proibido para consumo, sendo necessária uma supervisão realizada pelos rabinos para comprovar se as regras estão sendo seguidas. O objetivo da restrição é mostrar que os alimentos permitidos representam união e santidade para quem os consome.
Os feriados como a Páscoa (Pessach) e o Ano Novo judaico (Rosh Hashaná), são épocas em que a procura por produtos Kosher aumenta. Nessas festividades, o vinho é ingrediente protagonista, já que a folha da videira representa um dos símbolos dos hebreus.
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