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Descubra como foi o surgimento das adegas

Written by Rafaela Vidigal | 5/mai/2016 14:00:00

 

Não se sabe, ao certo, quem inventou o vinho, nem há quanto tempo a bebida dos deuses é produzida pelo mundo. Entretanto, sabe-se que uma gruta encontrada em Tel Kabri, um sítio arqueológico localizado em Israel, abrigou um incrível tesouro escondido. Lá foi descoberta a mais antiga adega do mundo, com 6 mil anos de idade.

Pesquisadores encontraram 40 recipientes no local. As análises mostraram vestígios de dois ácidos encontrados em vinhos. Antes desta adega, a evidência mais antiga que comprovava a fabricação da bebida tinha sido encontrada em um túmulo egípcio com 5100 anos.

Lendas e teorias sobre o surgimento do vinho

Há também diversas teorias sobre como tudo começou, e uma delas está na Bíblia. Gênesis narra o primeiro porre de vinho da história: Noé, ao desembarcar os animais da Arca, teria plantado uma vinha, produziu uma bebida, se embriagou com ela e deitou sem roupa no chão.

Uma lenda persa bastante conhecida tem uma versão divertida: conta-se que um rei mantinha uvas em jarras para serem degustadas após a grande safra. Acontece que, após um tempo, as uvas começaram a espumar e exalar um cheiro muito forte. O rei, então, exigiu que aquele “veneno“ fosse jogado fora.

Uma donzela no reino, ao ouvir boatos sobre um suposto veneno, tentou se matar ingerindo a bebida, mas ao invés da morte, o líquido trouxe alegria e a fez dormir tranquilamente naquela noite. Quando narrou o ocorrido ao rei, ele pediu que uma grande quantidade de vinho fosse produzida e passou a servi-la em todos momentos de festejo.

Como surgiram as taças e garrafas de vidro

Você sabia que, ao longo do tempo, as taças sofreram mudanças de formato e tamanho para acompanhar a evolução do vinho? De acordo com a mitologia grega, o modelo de taça que conhecemos hoje é inspirado no formato do seio de uma mulher.

É bastante curioso ver como as pesquisas arqueológicas contribuem para entendermos a evolução dos recipientes para consumo de vinho. Na antiguidade, a bebida ficava em ânforas de cerâmica - uma espécie de vaso que, aos poucos, foi deixado de lado, já que oxidava facilmente deixava a bebida amarga. Depois passou a ser consumido em vasos com duas alças – o que provavelmente facilitava a degustação em festas, onde o vinho passava de mão em mão, de um convidado para o outro.

Os tamanhos e materiais destes recipientes também mudaram muito ao longo dos anos. Antigamente, a prata era muito utilizada, e somente na idade moderna o vidro passou a ser parte do universo vinícola. Em seguida, a bebida foi sendo aprimorada e o requinte passou a ser exigido pelos próprios consumidores – é neste momento que as taças transparentes e funcionais passaram a ser indispensáveis. Hoje, as variações estéticas correspondem às necessidades de consumo.

Por falar em vidro, as garrafas têm seu papel fundamental na história dos vinhos, afinal, sua importância vai além de vender a bebida: elas podem ser aquele detalhe que irá diferenciar uma bebida incrível de uma experiência ruim. Por isso, elas também passaram por diversas inovações a fim de aumentar a conservação da bebida e transmitir uma qualidade única para quem degusta.

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