Não há como especificar a época e o local exato onde o vinho teve origem. O certo é que ele já existia na Antiguidade e era muito utilizado na Grécia Antiga e no Império Romano. Os gregos iniciaram o cultivo de uvas ao longo da costa do Mar Mediterrâneo.
Conforme exploravam o território, eles levavam mudas de vinhas para as novas terras conquistadas, como a Marselha, que viria a se tornar parte da França. O Império Romano também adotou esta prática como forma de impor seus costumes e sua cultura aos povos conquistados.
Foram eles que levaram videiras para a Germânia, atual Alemanha, e Gália, que compreende Bordeaux, grande região produtora de vinhos na França, entre outras localidades. Entretanto, foi somente na Idade Média que a bebida teve sua ascensão, sendo disseminada entre a população. A Igreja Católica teve papel importante nisto.
Marcada pelo fim do Império Romano, a Era Medieval teve como principal nome Carlos Magno, que ajudou a organizar o território europeu que estava fragmentado após a queda romana, promulgando leis. Entre elas, regulamentou o cultivo de uvas e a produção de vinhos, ordenando cultivar vinhedos em áreas específicas. Ele mesmo possuía terras com uvas cultivadas. A Igreja Católica também possuía muitas terras, além de recursos para manter vinhedos e a produção de vinho, especialmente em seus mosteiros.
Assim que o Imperador Constantino se converteu ao Cristianismo, o Império Romano criou a Igreja Católica Apostólica Romana a fim de expandir o domínio religioso na Europa. Uma vez que o vinho é parte das cerimônias católicas, os religiosos continuaram o cultivo de uvas e a fabricação de vinhos. Inclusive, aperfeiçoando os processos de produção. Foram os beneditinos e os franciscanos, além de outras ordens católicas, que disseminaram a cultura do vinho quando se espalharam pela Europa.
Nos mosteiros, a produção de vinho era voltada para atender os rituais eucarísticos e os clérigos. O excedente era comercializado nas cidades e também para a nobreza e a população. Para a Igreja, o vinho adquiria caráter divino quando era consagrado como sangue de Jesus. Sem consagração, era uma bebida que todos poderiam beber.
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