Apreciar um bom prato é fácil, e se você fica de olho no nosso blog provavelmente também já está aprendendo a apreciar um bom vinho sem grandes dificuldades, mas quando o assunto é combinar um com o outro, as coisas podem se complicar até mesmo para o enófilo mais experiente!
Se escolher a garrafa para servir no jantar aos amigos ou o rótulo para acompanhar seu prato no restaurante é um momento de, no mínimo, confusão para você, a partir de hoje você nunca mais vai precisar fazer “uni-duni-tê” na carta de vinhos. Saiba, de uma vez por todas, como combinar vinhos com pratos e torne-se um mestre da harmonização! Acompanhe-nos:
Para começar, antes de entrarmos na “parte técnica” da harmonização, vamos entender duas regrinhas às quais você deve se atentar na hora de escolher a garrafa que vai acompanhar seu prato:
Leve o seu gosto em consideraçãoA primeira e talvez mais importante regra na hora de combinar vinhos com pratos é não ignorar as suas preferências. Isso porque, por mais que a combinação seja perfeita, ela não vai funcionar se você não gostar de algum dos elementos. Afinal, de que adianta escolher um vinho de que você não gosta muito e ter que dar mais garfadas para tirar o gosto desagradável da boca ou apostar em um prato que não é o seu favorito só para harmonizar e ter que dar goles abundantes no vinho entre cada mordida? Tanto o vinho quanto o prato, portanto, precisam ser do seu agrado. Com isso, você já acerta 50% da escolha!
Uma dica para perceber a “leveza” do prato é observar a quantidade de gordura, tanto do molho quanto dos ingredientes e do método de cozimento. Um frango frito pede um vinho mais marcante que um frango assado, por exemplo. Da mesma forma, um peixe assado pede um vinho leve, que não se sobreponha ao seu sabor suave. Resumindo: pratos marcantes pedem vinhos igualmente interessantes, enquanto pratos delicados pedem vinhos que também sejam sutis.
Com nossas duas regrinhas em mente, vejamos agora algumas possibilidades de combinação a partir do tipo de vinho:
Idade: vinhos mais maduros tendem a ser mais suaves que os mais jovens.
Textura: vinhos mais encorpados e com mais taninos, como Syrah ou Cabernet Sauvignon, combinam bem com pratos pesados. Pinot Noir e Grenache, por outro lado, são mais leves e vão bem com massas, carnes brancas e outros mais leves.
Vale lembrar ainda que o sal é um elemento que pode deixar o sabor do vinho tinto mais adstringente, por isso queijos como o Parmiggiano-Reggiano ou Provolone não devem ser consumidos com vinhos já naturalmente tânicos, ok?
No caso dos brancos, o principal fator a ser observado na harmonização é a idade: vinhos brancos mais maduros e que passaram por barris de carvalho são mais robustos e, por isso, devem acompanhar pratos leves, porém com sabor mais acentuado, como peixes defumados ou bacalhau.
Entendeu agora como você pode combinar uma garrafa de vinho com a comida sem medo de errar? Comente compartilhando conosco suas harmonizações preferidas e aproveite ainda para conferir nossa sugestão de 5 melhores pratos para acompanhar um bom vinho.