Você conhece as vinícolas de Margaret River, Barossa Valley e Hunter Valley? Apesar de não serem tão conhecidas como as vinícolas francesas e italianas, essas são algumas das mais famosas regiões produtoras dos deliciosos vinhos da Austrália.
Em 2015, a Austrália já era o quarto maior exportador de vinhos do mundo e, no mesmo ano, as exportações da bebida para o mercado brasileiro cresceram pouco mais de 25%.
Para enófilos que desejam viajar para a Austrália, um passeio por alí é essencial! Isso porque além de produzir vinhos, estas regiões também oferecem restaurantes, roteiros turísticos, degustações, aulas sobre enologia e gastronomia e eventos. Tudo isso tendo como pano de fundo algumas das paisagens mais bonitas da ilha. As principais são:
Localizada na região oeste australiana, Margaret River é um dos maiores territórios de vitivinicultura. São mais de 5.000 hectares plantados, sendo, em média, 60% de produção de vinhos brancos e 40% de tintos.
Dotada de um clima mediterrâneo, possui condições quase ideais de crescimento das parreiras, o que permite que as uvas alcancem um bom equilíbrio entre açúcares e acidez. Os mais de 120 produtores da região elaboram alguns dos melhores Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Semillon, Sauvignon Blanc, Merlot e Shiraz.
Os melhores vinhos brancos são produzidos nas vinícolas Leewin Estate e Voyager Estate. As vinícolas desta região são relativamente jovens. As primeiras foram plantadas há 50 anos e surpreendem o paladar.
Em 1842, imigrantes europeus se estabeleceram na região de Barossa Valley. É um dos territórios mais antigos do país e ainda conserva seu charme do velho mundo. Atualmente, existem aproximadamente 150 vinícolas e mais de 70 adegas. Metade das adegas está aberta ao público. No entanto, a maior parte das que não abrem oferece recebem excursões com hora marcada.
Situada na Austrália do Sul, Barossa Valley possui um grande foco no enoturismo, ganhando prêmios por anos consecutivos. O primeiro vinhedo comercial da região foi o Jacob’s Creek. Este utiliza as castas Shiraz, Sauvignon, Semillon, Riesling, Cabernet Merlot e Chardonnay em sua produção.
Já Seppeltsfield Winery é uma vinícola tradicional, que atua desde 1851, com as castas Cabernet Sauvignon, Grenache, Shiraz, Sangiovese, Touriga, Palomino e Nero D’Avola.
A região de Adelaide Hills fica no extremo sul do país. Seu clima frio confere aos vinhos Premium características especiais. Ela possui 70 km de comprimento e os vinhedos são cultivados em altitudes que variam entre 450 e 650 metros.
A vinícola Penfolds Magil Estate, que produz vinhos desde 1844, trabalha com as melhores castas de uvas. Além das produzidas nas áreas anteriores, eles também cultivam Traminer, Tempranillo, Viognier e Mouvèdre.
Situado em Nova Gales do Sul, Hunter Valley é a região pioneira na produção vinícola da Austrália. As primeiras vinhas foram plantadas em 1820, o que faz das suas vinícolas as mais antigas do país. Os vinhos são robustos, ricos e de sabores marcantes e intensos.
Atualmente, esta região é reconhecida pela grande variedade de blends que produz e pela qualidade de seu Shiraz. Embora Hunter Valley produza vinhos com uma grande variedade de uvas, como Chardonnay, Cabernet Sauvingon e Verdelho, o Semillon é considerado o ícone da região. Dois dos vinhedos mundialmente reconhecidos da área são o Wyndham Estate e o Audrey Wilkison. Ambos possuem atrações que vão além da degustação. O primeiro abriga a Ópera dos Vinhedos. Já o segundo tem um museu, com equipamentos da produção dos vinhos originais.
Lembre-se de incluir na lista de vinhos a conhecer os produzidos na região da Tasmânia. Essa ilha, parte da Austrália, possui 1.800 hectares de vinhedos, com clima temperado e marítimo. São mais de 160 vinhedos especializados na produção de vinhos de clima frio.
O amadurecimento lento das uvas permite que estas alcancem um máximo de sabor, sem perder a acidez natural. As variedades mais plantadas são Pinot Noir, Chardonnay, Sauvignon Blanc e Pinot Gris.
O registro das primeiras plantações de videiras na região remete a 1788. A primeira aparição documentada de um vinho da Tasmânia foi em 1848, em uma exposição em Paris. Atualmente, eles representam 1% da produção vitivinícola da Austrália.
A Austrália possui muitas vinícolas com diferentes histórias, tamanhos, climas, composição do solo e castas de uvas trabalhadas. Essa diversidade confere aromas e sabores distintos e empolgantes. Vale a pena conhecer a produção destes locais e se encantar com as descobertas.
Existe algum vinho da Austrália em sua lista de preferidos? Conte-nos!